Até os Gênios Sofrem
Steve Jobs não é o único homem rico e poderoso a ter que se  afastar para tratamentos. Doenças derrubaram alguns dos cérebros mais  geniais e artistas
Gisele Brito e Kátia Mello

A dor não faz diferença entre os homens.  Steve Jobs, apesar de toda a fortuna e prestígio, é vítima de uma  doença que ainda não é totalmente dominada pela ciência. Assim como  outros homens ricos, gênios e personalidades midiáticas poderosas.
 Em  1991 Michael J. Fox, um dos atores mais promissores de Hollywood,  anunciou que sofria de mal de Parkinson, doença degenerativa do sistema  nervoso central, ainda sem cura. Ela causa tremores e rigidez muscular, o  que, entre outras coisas, afeta a mobilidade e a expressão facial,  fundamentais para o trabalho de qualquer ator.
Em  1991 Michael J. Fox, um dos atores mais promissores de Hollywood,  anunciou que sofria de mal de Parkinson, doença degenerativa do sistema  nervoso central, ainda sem cura. Ela causa tremores e rigidez muscular, o  que, entre outras coisas, afeta a mobilidade e a expressão facial,  fundamentais para o trabalho de qualquer ator.Nessa época, o americano Stephen Hawking  já convivia há quase 30 anos com uma esclerose lateral amiotrófica,  doença que degenera os músculos, e, mesmo incapacitado de falar e de  suportar o peso da própria cabeça sobre o pescoço, ele já era  considerado o físico mais importante da história, depois de Albert  Einstein.
Jobs preferiu não se expor frágil em  público, e a imagem em que aparece debilitado foi flagrada por um  paparazzo. Fox e Hawking vivenciam suas doenças publicamente e, por  conta disso, sempre receberam a solidariedade de fãs e admiradores. Mas  para o psicólogo e professor de Psicologia da Universidade Federal do  Rio Grande do Sul, Jorge Castellá Sarriera, o fato de o doente ter uma  imagem pública, pode criar dificuldades para encarar a recuperação. “Se a  pessoa está disposta a lidar com a curiosidade dos outros e receber o  apoio de desconhecidos, pode ser positiva, mas se ela não está disposta e  há uma superexposição da doença, pode afetá-lo negativamente”.
A celebridade, independentemente do meio  em que transite, ainda pode ter uma autoimagem de intocável e  superpoderosa, baseada no fato de ter admiradores ou ter sob seu comando  empregados, o que pode dificultar a aceitação de limitações. “Aceitar  uma fragilidade, nesses casos, pode ser realmente muito difícil”,  acredita Sarriera.
 
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