Até os Gênios Sofrem
Steve Jobs não é o único homem rico e poderoso a ter que se afastar para tratamentos. Doenças derrubaram alguns dos cérebros mais geniais e artistas
Gisele Brito e Kátia Mello

A dor não faz diferença entre os homens. Steve Jobs, apesar de toda a fortuna e prestígio, é vítima de uma doença que ainda não é totalmente dominada pela ciência. Assim como outros homens ricos, gênios e personalidades midiáticas poderosas.

Nessa época, o americano Stephen Hawking já convivia há quase 30 anos com uma esclerose lateral amiotrófica, doença que degenera os músculos, e, mesmo incapacitado de falar e de suportar o peso da própria cabeça sobre o pescoço, ele já era considerado o físico mais importante da história, depois de Albert Einstein.
Jobs preferiu não se expor frágil em público, e a imagem em que aparece debilitado foi flagrada por um paparazzo. Fox e Hawking vivenciam suas doenças publicamente e, por conta disso, sempre receberam a solidariedade de fãs e admiradores. Mas para o psicólogo e professor de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Jorge Castellá Sarriera, o fato de o doente ter uma imagem pública, pode criar dificuldades para encarar a recuperação. “Se a pessoa está disposta a lidar com a curiosidade dos outros e receber o apoio de desconhecidos, pode ser positiva, mas se ela não está disposta e há uma superexposição da doença, pode afetá-lo negativamente”.
A celebridade, independentemente do meio em que transite, ainda pode ter uma autoimagem de intocável e superpoderosa, baseada no fato de ter admiradores ou ter sob seu comando empregados, o que pode dificultar a aceitação de limitações. “Aceitar uma fragilidade, nesses casos, pode ser realmente muito difícil”, acredita Sarriera.
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