domingo, 13 de novembro de 2011

Líderes comunitários reúnem com Roberto Góes e manifestam apoio ao projeto Ir e Vir, Passarelas da Cidadania, ameaçado pelo Governo do Estado

Mais de 35 líderes comunitários foram recebidos nesta sexta-feira, 11, pelo prefeito Roberto Góes na sala de reuniões do Palácio Laurindo Banha. O tema do encontro foi o projeto Ir e Vir, Passarelas da Cidadania, lançado ontem na Baixada Pará, zona Norte da Cidade.

O objetivo é construir lá, mais de 500 metros de passarelas de concreto, substituindo a estrutura de madeira existente e comprometida pelo tempo.

As lideranças elogiaram o trabalho entendendo que as pontes hoje, oferecem riscos àquela população.

Para os presidentes de bairro, a substituição é uma forma de dar segurança principalmente a idosos e crianças. Vários acidentes foram relatados devido à madeira podre. A durabilidade maior do concreto evita esse tipo de situação por pelo menos uma década.

Além da Baixada Pará, outras áreas alagadas serão beneficiadas com o projeto. Todas já foram mapeadas. Segundo o prefeito, o último levantamento feito em 2009 revelou que Macapá apresenta 200 quilômetros de pontes. “Não podemos ignorar uma situação como esta. Já que não condições de remanejar estas pessoas para áreas secas, vamos ao menos amenizar o problema da locomoção delas, substituindo uma estrutura que já está comprometida por outra mais resistente”, disse Roberto Góes.

Os líderes comunitários não pouparam críticas ao governador Camilo Capiberibe, que já estaria se mobilizando para embargar o projeto do município através do Instituto de Meio Ambiente e Ordenamento Territorial (Imap). “O governador não mora no alagado e não sabe as dificuldades que passamos lá para sair e voltar para casa. Muitas crianças e idosos já caíram das pontes. Será que não merecemos um pouco mais de dignidade. Por que ele não trabalha junto com o município para melhorar a vida do povo ao contrário de ficar brigando”, reclamaram.

A possibilidade de embargo acabou motivando os representantes de bairros a organizar um movimento popular marcado para terça-feira, 22, às 8h. Eles pretendem reunir um número significativo de moradores e chegar à Praça da Bandeira para um ato público a favor das melhorias propostas pelo município nas áreas alagadas.

Em termos de parceria, desde o começo do ano, a prefeitura só recebeu do Estado R$ 48 mil. A dívida do governo com o município, só de ISS chega a R$16 milhões, recurso que poderia ser revertido em várias frentes de trabalho. O orçamento estadual é de R$ 400 milhões. Para Roberto Góes, R$ 6 milhões já seriam suficientes para alavancar o andamento do projeto das pontes.

Ainda hoje uma nova reunião está marcada com a sub-prefeita da Zona Norte, Eliete Borges. Segunda-feira, os líderes estarão novamente com o prefeito às 17h. A expectativa deles é fortalecer o movimento comunitário com o funcionamento da Sub-Prefeitura da Zona Sul, anunciado pelo prefeito na reunião de hoje e que provavelmente será sediada no bairro Congós.     

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