domingo, 18 de março de 2012

O poder do casal

Estudo revela que sociedades monogâmicas, onde as pessoas têm só um cônjuge, apresentam menores índices de violência

Um estudo realizado no Canadá e publicado na revista "Philosophical Transactions of the Royal Society" mostrou que sociedades onde a monogamia predomina são menos violentas do que aquelas onde majoritariamente os relacionamentos envolvem um marido e mais de uma esposa. De acordo com os cientistas, a monogamia foi aceita e difundida pela maioria dos países por funcionar como um regulador social e, sem ela, os índices de criminalidade aumentariam muito. Para o grupo de pesquisadores – formado por um psicólogo, um antropólogo e um biólogo –, se a poligamia fosse regra, o mundo seria um lugar com altas taxas de estupros, sequestros e homicídios.

"Desenvolvemos e exploramos a hipótese de que normas e instituições foram incorporadas pelo casamento monogâmico, porque beneficiam a evolução cultural. A monogamia reduz a competição entre sexos, o número de homens descomprometidos, os índices de criminalidade – que incluem estupro, homicídio, roubos e fraudes –, bem como diminui abusos pessoais. Isso porque os homens que conseguem se casar com mais mulheres são os que têm mais dinheiro; logo, os menos favorecidos seriam induzidos a roubar ou matar por dinheiro, ou ainda a buscar sexo de outra forma, com sequestros e estupros", aponta a pesquisa, que tem como autor principal do psicólogo Joseph Henrich.

Além disso, os estudiosos defendem que a escassez de mulheres aumentaria ainda mais a disputa e, por consequência, as lutas. Com uma cultura monogâmica, existe quase o mesmo número de homens e mulheres no planeta, com uma pequena vantagem do sexo feminino, garantindo uma distribuição igualitária de casamentos.

Além de ser um regulador social, outra compensação da monogamia é a possibilidade de ser um estimulador econômico. "Ao deslocar o esforço do investimento paterno em uma família, aumenta-se a poupança, os investimentos e a produtividade econômica", mostra o estudo.

Fonte: F.U

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