Irresponsabilidade
Vale-tudo com crianças?
Lutas com crianças de apenas 8 anos na Inglaterra chocam o país. Educadores e médicos criticam pais que incentivam a prática, comum também na Tailândia

Como nos tempos antigos dos gladiadores romanos, os eventos de lutas estão lotando ginásios pelo mundo afora. O público vibra assistindo violentos combates do Mixed Martial Arts (MMA), competição que reúne lutadores treinados em vários tipos de artes marciais. Antes denominado vale-tudo, o MMA virou uma febre que não para de crescer e movimenta milhões de dólares. O Brasil é um dos países com maior destaque na modalidade, com campeões em diversas categorias. Mas a empolgação com o que teimam em chamar de “esporte” já faz organizadores promoverem essa brutalidade também entre crianças.

A luta na Inglaterra foi condenada por autoridades locais, apesar de nenhuma punição ser dada aos organizadores, que declararam considerar natural o evento, mesmo depois de ver uma criança, que perdeu a luta, deixar o octógono chorando após receber atendimento médico. A Ordem dos Médicos britânica atacou o evento, alertando para os perigos no desenvolvimento das crianças.
Na Tailândia é muito comum pré-adolescentes serem tratados como ídolos nacionais pelo desempenho em lutas de muay thai, modalidade de combate que é mais conhecida no Brasil pelo nome de “boxe tailandês”, na qual são permitidos socos e chutes, e nem sempre há proteção ou luvas.
Isso é um absurdo, incentivando violência. Engraçado que as autoridades condenarem, não houve punição.
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